A VELHA NO QUARTO DO MEU TIO


"Que surpresas a escuridão da noite pode nos proporcionar, principalmente na tranquilidade de um quarto onde o único objetivo é dormir? Estaríamos realmente sozinhos nos lugares mais isolados, ou poderia haver "algo" nos observando de forma sorrateira, aguardando apenas que o momento certo para se manifestar?"


O Relato a seguir mostra que a resposta á essas perguntas pode ser assustadora!

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Meu nome é Gabriela e hoje estou aqui para contar o meu relato.
Bom, ja vivi diversas experiências sobrenaturais, porém essa é mais recente, tendo acontecido no carnaval de 2013. 

Mas enfim, vamos ao que interessa.
Lembro-me que naquele dia eu havia brigado com minha mãe e decidi que iria dormir na casa de minha avó paterna e assim fui.
Chegando lá, descobri que meus tios haviam viajado naquele feriado e deixaram-na a sós em casa e, portanto todos os quartos da casa estavam vagos e assim eu poderia escolher onde iria dormir.Passei a tarde toda conversando com minha avó e brincando com meu cachorro e quando a noite caiu, decidi que iria dormir no quarto do meu tio, pois lá é mais fresco, tendo em vista que naquela noite fazia um calor infernal.

Despedi-me de minha avó, que estava na sala assistindo televisão e fui para o quarto, onde deixei a janela aberta para que o vento entrasse e deitei na cama com as luzes apagadas, porém vale lembrar que o quarto não estava totalmente as escuras, pois a luz da lua e do poste iluminavam todo o quarto.
Como estava bastante calor e o sono não vinha, comecei a ouvir música no meu celular, fechei os olhos e comecei a pensar na minha mãe e virei-me para o canto e em seguida abri os olhos e comecei a mexer no celular, enquanto ouvia música.
Vale lembrar que em momento algum eu havia dormido antes de tal fato.

Fiquei um bom tempo virada para a parede e quando me cansei de ficar naquela posição resolvi virar para o outro lado e foi nesse instante que senti um calafrio terrível invadir meu corpo.
Lá estava uma mulher, ajoelhada na beirada da cama, me observando na penumbra do quarto com uma fisionomia triste e seus cabelos extremamente brancos e desengrenhados caindo-lhes sobre os ombros.
Fiquei por alguns segundos, que me pareceram uma eternidade observando-a, me perdendo naqueles olhos tristes e nas rugas e expressões marcadas em seu rosto velho.

Ela não disse nada e nem eu.
Eu apenas conseguia sentir meu coração disparar e milhares de coisas passarem por minha mente, porém a única coisa que consegui fazer foi fechar os olhos e me virar para o lado da parede e fazer uma breve oração para aquela senhora.
Em seguida, sem olhar para o lado onde ela estava, saltei da cama e caminhei até a sala, onde deparei com minha avó dormindo e televisão ligada.

Ainda hoje não sei o que aquela senhora queria comigo, mas pude sentir que ela necessitava de ajuda.
Talvez estivesse perdida nesse mundo ou até mesmo presa na vida ao qual deixara, ou até mesmo confusa sem saber que havia morrido.

 

 


Gabriela
Belo Horizonte - MG- Brasil
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